sábado, 22 de outubro de 2011

duplo, varsóvia


duplo
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varsóvia

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Carnificina aka Viagem

A moldura do seu rosto
Com rugas de cocaína,
Atingiu o soberano posto
Na prisão da carnificina.

Olhar simbólico
E uma face pálida.
Foi cortado e feito em lume.
Fogo molhado e faca sem gume.

Descendente de martírios,
Criado no meio de estrume:
Morreu comido por vampiros, dizem...
Pois o culpado nunca assume.




Após a nega de São Pedro...




Cargueiro ilegal
Que o recebeu,
Prefácio de um livro genial,
Num tremulo prenúncio do adeus.


Numa caneta a emoção
Que derrame sobre o papel
Aquilo que não diz a voz.
Papel como saco de boxe!


Destino incógnito
E devaneios mentais.
Viaja num teleférico
Repleto de carne de animais!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Ament

Pintado de vermelho
Fingiu ser eterno!
Colado ao espelho,
Admirava o Inferno.

Escreveu em epígrafe o devaneio mental,
Acutilante para seu corpo, feito puro canibal.
Visitava o futuro, sem conhecer o passado;
Vive num presente perpétuo e desgraçado!

Longe coração cru e amargurado,
Longe coração cru e amargurado,
Longe coração cru e amargurado,
Longe fantasma comandante de um corpo martirizado!

Anos mais tarde recebeu no encéfalo uma carta escrita em anonimato,
Sorriu, exporádico-intensamente, entre os choros que permaneciam pregados na alma.
Sobre a carta, ninguém soube ao certo; dizem que foi um ultimato.
Morreu então por condenação, sem ter medo da foice. Ela chegou... Partiu com calma!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Lamechices, amor e outros afins!

Ideal ou ídolo... Tanto generalizo os factos!
Sou um eterno exigente que se rege por uma pseudo-perfeição, quando no espelho se avizinham tantos quilómetros para lá chegar.
O espelho não passa de um mito... Aquilo que nele vemos não passa de um diabo, tipo aquele do Auto da Barca do Inferno: um eterno irónico, que discursa com sarcasmo por detrás de uma realidade bem mais acutilante!
Quando me vejo no espelho, sinto um falso ego deambulando pelos meus actos e orações, omitindo tudo aquilo que é real! Realidade que, ora dura, ora fantástica, se torna num contraste do que afirmo e demonstro!

Sendo que então, surge a pureza... A distinção da macambúzia postura que adopto quotidianamente...

TU - Símbolo de pureza, simbolo de diferença de uma vida remediada ou adaptada a esta infernal mudança de ritmo!

Não estou no auge, mas para lá caminho...
No entanto esta mudança implica em mim o inconstante... Torno a minha imprivisibilidade um defeito, pelo demais que a tomo!

Descortinando qualquer ideia de me desculpar de algo, afirmo, sem dó nem piedade, que estou num momento ZEN... Ou seja, tudo o que digo é totalmente real... Sinto-me à vontade... Os olhos fechados numas mãos abertas de lealdade e sinceridade!

Ousada esta, a minha forma de introduzir uma única palavra. Mas que no entanto, palavra a palavra, é reunida a emoção, a sedução, a tentação, a verdadeira vontade e a consumação da mesma!                                                                                                                                                                                                                                                          

Entre muitas palavras repetidas, entre dogmas, entre clichês, entre filosofias baratas, digo, rogo e repito, porque o sinto sem vergonha:

AMO-TE!

E que todo o resto seja connosco!!

quarta-feira, 30 de março de 2011

CÃO

O Homem é um cão
E quanto mais idealiza o mundo,
Mais cai na desgraça
Procura tudo, fica só e não se desembaraça

É este o preço da honestidade,
Ficar só e abandonado?

Cão,
Não dês mais aso a abuso,
Porque o abuso ganha asas
Dás a mão, mutilam-te o braço
Usam, abusam e põem no lixo
O braço do triste cão disfarçado,

De tanto dar e pouco receber
És um fraco e triste papel descartável
Cais na solidão, sufocos e pernas a tremer
Porque és tu um cão tão amável??

Cão, seu mito de lealdade
Movido por um coração frio e amargurado!
É este o preço da honestidade,
Ficar só e abandonado?

quarta-feira, 23 de março de 2011

Consolo... com Easy, Faith no More

Uma versão brilhante que ficará para sempre nas tabelas das melhores baladas.

Dedico este post a todas as razões dos meus sorrisos, porque é ela que toca no meu quarto quando choro.
Obrigado aos mágicos que me rodeiam. Mas apenas àqueles que não praticam ilusionismo! 

PS: Vamos supor que este post foi criado no dia 11 de Agosto de 2010!

Desabafos de um inútil...

Que triste cão sem casota,
Que pobre casota sem cão!
Numa rima idiota,
Se descreve a solidão.

terça-feira, 22 de março de 2011

Fantasma













Não acredito em fantasmas,
Porque sou um fantasma.

Canto o hino da liberdade,
Sem ter credibilidade.

Antetiso o discurso,
Porque sou um mentiroso.

Mas por fim, sem despacho,
Digo tudo o que faço.

Digo tudo, apesar,
De demorar.

Afinal, qual razão,
Sem ficção?

Acredito na mentira,
Que faz de mim verdade!
Oh, liberdade...
Tanto te queria!

Safari Em Mim

Eu bem oiço o rugido do vento,
Quando trespasso a sombra.
Faço o safari em mim ao relento.
É uma selva que me assombra.

Piso ao de leve todo o lamaçal,
Lavo a cara na água verde-escura,
Ajo e ando feito animal,
Sem paixão, sem razão, sem ternura.

Mas eu luto,
Bravo e forte,
Como se fosse baterista, à sorte,
Na minha actualidade sadia.
Estou no meio de gente rica.
Sou um mero escorpião,
Que em momentos de larica
Alimenta a cobra ou o leão.

Ah, como sinto!
Mente fria!
Mente fraca!
Mente pobre!