Com rugas de cocaína,
Atingiu o soberano posto
Na prisão da carnificina.
Olhar simbólico
E uma face pálida.
Foi cortado e feito em lume.
Fogo molhado e faca sem gume.
Descendente de martírios,
Criado no meio de estrume:
Morreu comido por vampiros, dizem...
Pois o culpado nunca assume.
Após a nega de São Pedro...
Cargueiro ilegal
Que o recebeu,
Prefácio de um livro genial,
Num tremulo prenúncio do adeus.
Numa caneta a emoção
Que derrame sobre o papel
Aquilo que não diz a voz.
Papel como saco de boxe!
Destino incógnito
E devaneios mentais.
Viaja num teleférico
Repleto de carne de animais!