terça-feira, 22 de março de 2011

Safari Em Mim

Eu bem oiço o rugido do vento,
Quando trespasso a sombra.
Faço o safari em mim ao relento.
É uma selva que me assombra.

Piso ao de leve todo o lamaçal,
Lavo a cara na água verde-escura,
Ajo e ando feito animal,
Sem paixão, sem razão, sem ternura.

Mas eu luto,
Bravo e forte,
Como se fosse baterista, à sorte,
Na minha actualidade sadia.
Estou no meio de gente rica.
Sou um mero escorpião,
Que em momentos de larica
Alimenta a cobra ou o leão.

Ah, como sinto!
Mente fria!
Mente fraca!
Mente pobre!

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